Carlo Ancelotti no comando do Real Madrid (REUTERS/Isabel Infantes) |
Na última sexta-feira (29), o Real Madrid anunciou oficialmente a renovação de contrato com o técnico Carlo Ancelotti e, consequentemente, fechou as portas para uma possível vinda do italiano à Seleção Brasileira.
O sentimento que resta é de ano perdido, de completo fracasso para a Amarelinha. Com a saída de Tite após dois fiascos consecutivos em Copas do Mundo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi incapaz de encontrar um técnico à altura e que trouxesse esperança para os brasileiros amantes do esporte.
2023 começa com Ramon Menezes, que, apesar da carreira multi campeã como jogador, tem pouquíssima experiência na beira dos gramados. Os resultados não vieram e o desempenho não agradou, mas a CBF nunca escondeu sua posição de "tapa buraco" até a contratação de um novo técnico. A expectativa surge de fato ao fim do primeiro semestre, quando o então presidente Ednaldo Rodrigues - atualmente, destituído do cargo - alimenta rumores de um acordo com o renomado Carlo Ancelotti. Seria a primeira experiência da Seleção com um treinador estrangeiro, mas vista com bons olhos mediante o currículo do italiano e o cenário interno calamitoso.
No entanto, o contrato vigente com o Real Madrid impedia a chegada imediata de Ancelotti. Nesse cenário, a CBF promove uma solução ousada, mas interessante: a contratação de Fernando Diniz como técnico interino, que buscaria implementar o estilo autêntico trabalhado no Fluminense em uma jornada dupla entre a Seleção e o clube carioca.
Em pouco tempo, todavia, o problema ficou claro. Além da dividida atenção entre as duas equipes, o modelo de jogo de Diniz exige tempo para adaptação e constância, tarefa difícil para um plantel irregular que se encontra de quatro em quatro meses em datas Fifa. O resultado foi uma performance muito abaixo da esperada para a Seleção Brasileira, que termina o ano em sexto colocado nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 e, se assim permanecer, corre sérios riscos de não se classificar para o Mundial pela primeira vez em toda sua história.
A verdade é que nunca saberemos o quão perto Ancelotti esteve de comandar o Brasil - até mesmo pelo perfil mais frio do europeu -, mas, sem dúvidas, esse episódio é reflexo dos escândalos internos vividos pela CBF. A situação é agravada pela escassez de nomes dispostos a assumir a Seleção que, embora seja a única pentacampeã do mundo, teve sua imagem machada por uma Confederação claramente desorganizada. O "não" de Ancelotti é apenas a ponta do iceberg de um ano infeliz e preocupante para a Seleção Brasileira.
Que doidera
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